Bullying: consequências e saídas

23 Abril 2019

Bullying: consequências e saídas

Imagem: Bullying: consequências e saídas

 

O bullying traz muitas consequências para a vida da criança ou jovem, nessa fase eles estão constituindo a imagem de si mesmos e essa imagem é espelhada pelos pares e por pessoas que lhes rodeiam, colegas, professores, familiares e irmãos. Claro que brigas e desentendimentos ocorrem, certa exclusão por uma situação ou tempo determinado também, fazem parte da vida vivida em grupo, mas o que merece atenção aqui é para aquelas situações em que repetidamente a criança ou o jovem está exposto e é constantemente maltratado ou taxado por pessoas ao seu redor. Isso cria marcas que podem durar para sempre e ditar o resto da vida dessas pessoas.


Geralmente quem são as vítimas e quem são os agressores? Os agressores são pessoas que se sentem aparentemente mais fortes e se utilizam dos que são ou estão mais frágeis para se divertir, intimidar, ganhar poder frente ao grupo, dominar e amedrontar suas vítimas. Os agressores sempre serão pessoas que carregam dentro de si uma enorme insegurança mas que encontraram alguma forma de dominar e levar consigo um bom número de adeptos. Assim fazem com que o outro se sinta exatamente igual aquela parte amedrontada e desvalorizada que o agressor tem dentro de si mas que tenta controlar e dominar no outro. Esse outro que vai agora representar e carregar todo o pavor que o agressor tem dentro de si. O agressor nunca foi acolhido em seu sofrimento por ninguém, portanto nunca pode ter empatia por ninguem, já que nunca tiveram com ele. Ele reproduz os maus tratos sofridos fazendo com que outra pessoa sinta o que ele sente. Nele existem traços de desrespeito, maldade e poder de liderança. A vítima desses ataques muitas vezes é o aluno bonzinho, o tímido, o menos sociável, o que apresenta mais insegurança e passividade, o que não consegue se defender física nem verbalmente. Esse perfil será garantia de que carregará o pesado fardo que o agressor carrega e precisa “passar adiante”. O agressor tenta passar essa sua herança de dor e de inadequação e encontra na vítima essa possibilidade. Ambos precisam de ajuda, são situações que nunca devem ser vivenciadas e caladas. Temos todos o dever humanitário de chamar a atenção dos pais e professores caso percebamos que algo assim esteja acontecendo com alguma criança ou jovem. Para quem faz o bulling parece algo de pouca importância mas para quem sofre é algo doido demais e que muda o rumo de sua vida.


Nossa personalidade é formada por um lado de uma parte biológica, inata, bioquímica e por outro lado de experiências que passamos na vida e que são capazes de modificar esse funcionamento cerebral, ou seja, são capazes de modificar grandes aspectos dessa parte biológica, dos neurotransmissores, dos circuitos neuronais. As relações interpessoais são os fatores que mais influenciam a biologia do cérebro. Então, se o bulling traz imensos sofrimentos, ser acolhido em seus sentimentos traz uma imensa esperança. Traumas (e o bulling deixa marcas traumáticas) que não são acolhidos por amigos ou familiares nem tratados por um profissional podem deixar profundas marcas na personalidade do sujeito, da mesma forma, respostas positivas, como ser acolhido, ter com quem conversar e ser entendido em seu sofrimento por alguém, pode dar força e assim condições do sujeito passar por uma situação difícil de forma que saia dessa situação mais forte e resiliente. O sujeito aprende assim a transformar as fragilidades de certos momentos em vitória, superação e força. Aprende a ter esperança e persistência e acreditar que tudo pode passar. É muito mais fácil ir em frente se nao se está sozinho, por isso que pais e professores devem estar atentos a esse tipo de sofrimento e sempre conversarem com as crianças e jovens sobre o que eles estão passando. Acompanhado é mais fácil para o jovem não ficar enredado naquele drama e construir outras coisas que podem ser boas para si, como buscar outros grupos, ou realizar atividades que lhe deem grande prazer e na qual o jovem se foque, uma forma de compensação que poderá ser eficaz sim mas somente se a pessoa estiver acompanhada em seu sofrimento. Isso fortalece a condição da criança ou do jovem de ver se pode encontrar saídas para seus problemas e sair de situações tristes se apoiando em coisas boas.
Quando situações assim acontecem procure um psicologo que lhe ajude nesse processo de compreensão e descobrimento de si.

 

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