Adolescência

12 Dezembro 2018

Adolescência

Imagem: Adolescência

 

Uma das principais tarefas da adolescência é a formação de uma identidade. Embora ela comece a ser construída desde o inicio da vida, é na adolescência que ela se define.


A identidade se organiza por identificações, inicialmente com os pais, depois com outros membros da família e finalmente com professores, amigos, ídolos e pessoas da sociedade em geral.

Durante a infância a criança encontrava-se numa situação de dependência dos pais, que lhe diziam o que fazer e o que não fazer, o que era bom e o que era ruim. Na adolescência o jovem começa a desejar fazer suas próprias escolhas e se tornar independente dos pais. Isso é esperado e necessário para um desenvolvimento psíquico satisfatório.

Os momentos de instabilidade, característicos dessa fase, vão diminuindo a medida que os lutos pelas condições e estados infantis vão sendo elaborados. Lutos esses que dizem respeito a elaboração da identidade infantil e dos pais da infância, que foram idealizados como super heróis, que tudo podiam.

Durante esse movimento de reestruturação da identidade infantil para uma identidade mais amadurecida o jovem precisa se diferenciar dos pais e se auto afirmar. Para isso agride e desvaloriza os pais, se torna rebelde e reivindicatório.

A mesma atitude é tomada em relação a sociedade. Assim colocam para fora o assassinato inconsciente que estão fazendo dentro deles dos pais da infância. Nesse momento o grupo é de grande importância para que o jovem tenha novos modelos de identificação.

O grupo torna-se um substituto parental no sentido de dar conforto e continência frente a essas novas situações já que todos partilham de angústias semelhantes e um serve de modelo para o outro. Assim o jovem experimenta, ensaia, erra, imita e vai se encontrando e definindo sua identidade.

Por mais incomodo que seja, a rebeldia é um processo natural e até mesmo esperado nessa fase, é uma forma do jovem se diferenciar dos seus pais para poder criar sua própria identidade. Mas existe uma rebeldia que traz crescimento psíquico e outra que não cumpre essa função.

A rebeldia deve estar a serviço de buscar suas próprias verdades. Se for assim ela estará a serviço do crescimento mental. Mas se, no entanto, ela estiver somente a serviço de expressar ressentimento contra a autoridade, a rivalidade e a voracidade pelo poder, haverá riscos e uma tendência a deteriorizações mais sérias da personalidade, podendo levar a adições e a até a delinquência.

Os pais também vivem o conflito dos filhos. Eles tem que desprender-se do filho criança e evoluir para uma relação com o filho mais maduro. Devem ser capazes de abandonar a imagem de si mesmo que seu filho criou quando era pequeno, de que os pais são as melhores pessoas do mundo, que tudo sabem, que trazem todas as respostas e que resolvem tudo.

Agora já não poderão mais funcionar como ídolos para seus filhos. Os pais deverão aceitar uma relação cheia de críticas e ambivalências. Essa não é uma tarefa nada fácil para os pais pela dor emocional que isso envolve. Os pais se perguntam: mas o que aconteceu? Meu filho não me ama mais? Ama tanto que confia que os pais podem aguentar essas situações e sobreviver emocionalmente a elas.

A dificuldade em aceitar o desprendimento do filho dificulta seu processo de individuação. Mas o oposto, ou seja, uma liberdade excessiva é vivida pelo jovem como abandono, afinal ainda precisa muito do cuidado dos pais.

Essa fase muitas vezes não é nada fácil para os pais e tanto eles quanto os adolescentes podem precisar de ajuda de um psicólogo para compreender o que se passa e qual a melhor forma de lidar com esse momento da vida.

 

Fonte: Dra Vanessa Voll

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